Certamente portadores de DII já perderam a conta de quantos médicos especialistas consultaram, creio que desde à medicina dita alternativa até a medicina tradicional.
Já fui tão sabatinada, que se houvesse um vestibular para medicina só com questões referentes a trato digestório, seria aprovada com louvor.
Todo médico, uma nova esperança, um novo olhar, uma nova perspectiva, um novo método, novos ou pedido de revisão/repetição de exames. Todo novo médico uma frustação, pois quando eles investigam tudo, te reviram de dentro para fora, de cima para baixo, você ouve a velha e repetitiva resposta: "Nos vemos em breve - com um aperto de mão". Como quem diz: " Não adianta voltar, porque não posso resolver seu problema."
A primeira consulta, nos sentimos como um brinquedo novo que uma criança quer explorar cada detalhe, e se a roda saiu do lugar, ela insistentemente tenta consertar. Mas com o tempo, o reparo da roda fica difícil, daí é mais fácil deixar o brinquedo de lado.
Sinto-me assim, senti-me assim inúmeras vezes.
"Procure uma nutricionista (sou nutricionista)"; "Procure um psicoterapeuta"; "Procure um neurologista"; "Procure um manicômio, pois você não tem nada"; "Procure uma louça para lavar e me deixe em paz, não volte aqui com essa cara de cachorro com fome que não tenho a resposta para saciar sua fome!"
Tudo que querem no começo é ajudar e desvendar tesouros que 1001 médicos não conseguiram, mas logo a roda do carrinho fica cansativa de consertar...
Cansaço de ser objeto de estudo, cansada de ser revirada e submetida a tantos procedimentos e exames constrangedores, dolorosos, desgastantes física e emocionalmente.
É só um desabafo, ninguém precisa pensar como eu, mas tenho certeza de quem está nessa há muito tempo, tem um pouco ou muito deste sentimento.