domingo, 19 de janeiro de 2014

Infecção Intestinal x Intoxicação Alimentar

Sintomas de infecção intestinal

Os sintomas de uma infecção intestinal podem ir aparecendo aos poucos ou surgir de forma repentina. Uma infecção intestinal gera sintomas como:
  • Dor na região abdominal;
  • Diarreia;
  • Dor de cabeça;
  • Mal estar;
  • Desidratação;
  • Febre (pode não estar sempre presente).
A infecção intestinal é uma situação comum e, geralmente, não representa nenhum risco para a saúde. No entanto, ela pode ser mais perigosa nas grávidas, nos bebês e nos idosos, porque nessas fases da vida o risco de desidratação é maior.
Para evitar que o indivíduo com infecção intestinal fique desidratado é recomendada o uso de soluções de reidratação oral, que se compram na farmácia, ou de soro caseiro, que é muito simples de fazer.

Como fazer o soro caseiro

Para preparar o soro caseiro basta juntar:
  • 1 colher de sopa de açúcar;
  • 1 colher de café de sal;
  •  1 litro de água filtrada ou fervida.
Deixe em uma garrafa separada e mantenha na geladeira se estiver muito calor. O indivíduo deverá beber vários goles deste soro por dia, enquanto persistirem os sintomas.
É importante que ele beba a quantidade de soro equivalente à quantidade de água que se perde na diarreia.

O que comer na infecção intestinal

Durante o tratamento da infecção intestinal é importante que o paciente tenha uma alimentação rica em legumes cozidos, carnes grelhadas, verduras, frutas e beba bastante água.
Não é aconselhado comer alimentos que prendem o intestino, como banana, bolacha Maria ou mingau de farinha láctea, por exemplo.
Em caso de diarreias agudas é indispensável uma consulta com o médico, para que seja feito o acompanhamento e tratamentos ideais, evitando complicações.

O que tomar na infecção intestinal

Durante uma infecção intestinal, o melhor para se tomar é a água potável ou o soro caseiro, em caso de diarreias frequentes. Mas, tomar o suco de laranja natural é uma ótima opção para ajudar a fortalecer as defesas do organismo e evitar a desidratação, sendo este um excelente remédio caseiro.
Caso a infecção intestinal seja muito forte ou não se cure espontaneamente em 2 dias, recomenda-se uma consulta médica, pois pode ser necessário o uso de antibióticos.

Causas da infecção intestinal

A principal causa de infecção intestinal é o consumo de alimentos estragados ou contaminados com a Salmonella ou E. Coli.
Lavar as mãos, antes e depois de ir ao banheiro, e só beber água mineral, filtrada ou fervida devem ser seguidos por todos a fim de evitar a doença.
 (Nutricionista)


INTOXICAÇÃO ALIMENTAR

Intoxicação alimentar, ou gastrintestinal (gastroenterocolite aguda), é um problema de saúde causado pela ingestão de água ou alimentos contaminados por bactérias (Salmonella, Shigella, E.coli, Staphilococus, Clostridium), vírus (Rotavírus), ou por suas respectivas toxinas, ou ainda por fungos ou por componentes tóxicos encontrados em certos vegetais (comigo-ninguém-pode, mandioca brava) e produtos químicos. A contaminação pode ocorrer durante a manipulação, preparo, conservação e/ou armazenamento dos alimentos.
Nas crianças e idosos, a intoxicação alimentar pode ser uma doença grave.
Causas
Na maioria dos casos, a infecção bacteriana é a principal causa de intoxicação alimentar. Os diferentes tipos de Salmonella e oStaphilococus aureus são os mais frequentes agentes da infecção, uma vez que são capazes de viver e multiplicar-se no interior dos intestinos.
A Salmonella é transmitida pela ingestão de alimentos, especialmente carne, ovos e leite, que foram contaminados ao entrar em contato com as fezes de animais infectados. No caso dos Staphilococus aureus, comumente encontrado na pele das pessoas sem causar danos, a intoxicação é provocada por uma toxina que a bactéria produz e contamina os alimentos no momento de seu preparo ou manuseio.
Outra causa possível, embora menos comum, de intoxicação alimentar é a infecção por um dos tipos da bactéria Clostridiumque, em vez do intestino, ataca o sistema nervoso.
Sintomas
Independentemente do microrganismo determinante, os efeitos da intoxicação alimentar aguda são todos  parecidos: náuseas, vômitos, diarreia, febre, dor abdominal, cólicas, mal-estar. Nos quadros mais graves, podem ocorrer desidratação, perda de peso e queda da pressão arterial.
Nos casos específicos de alimentos contaminados pelo Clostridium, quando a intoxicação é causada por uma das variedades da bactéria responsável pela doença chamada botulismo, além dos distúrbios gastrintestinais que nem sempre aparecem, os sintomas podem ser indicativos de alterações neurológicas, como visão dupla e dificuldade para focalizar objetos, falar e engolir.
Diagnóstico
Normalmente, o diagnóstico é clínico e leva em conta os sintomas da doença. É sempre importante verificar a existência de pessoas próximas com os mesmos sinais da infecção e identificar o tipo de micro-organismo presente no alimento suspeito de contaminação. Exames de laboratório de fezes ajudam a reconhecer o parasita que causou a infecção, um recurso importante para orientar o tratamento medicamentoso.
Prevenção
A prevenção das intoxicações alimentares está diretamente associada ao saneamento básico, aos cuidados no preparo dos alimentos e a medidas básicas de higiene, como lavar as mãos antes das refeições e depois de usar o banheiro.
A grande dificuldade da prevenção é o fato de os alimentos contaminados não apresentarem sinais da presença do micro-organismo. Ao contrário, em geral, sua aparência, gosto e cheiro costumam ser absolutamente normais.
Tratamento
Paciente com intoxicação alimentar deve fazer repouso e ingerir muito líquido. Nos casos de perda maior de líquidos e risco de desidratação, devem ser indicados medicamentos para controlar as náuseas e os vômitos, assim como ministrar a reposição de líquidos e sais por via endovenosa.
O tratamento das infecções alimentares bacterianas inclui o uso de antibióticos específicos.
Recomendações
* Como os alimentos contaminados por certos parasitas são os grandes responsáveis das intoxicações alimentares, é indispensável estar atento na hora da compra, transporte, armazenamento e preparo das refeições. Portanto:
* Lave bem as mãos antes das refeições ou de lidar com alimentos;
* Embale adequadamente os alimentos antes de colocá-los na geladeira ou no freeser;
* Lave os utensílios de cozinha, especialmente depois de ter lidado com alimentos crus;
* Evite comer carne crua e mal passada qualquer que seja sua procedência; especialmente a carne e os miúdos de frango, assim como os ovos devem ser bem cozidos porque são os transmissores mais comuns da bactéria Salmonella;
* Não se esqueça de que ovos crus são ingredientes de pratos como a maionese e certos doces;
* Só tome leite fervido ou pasteurizado;
* Mergulhe verduras e hortaliças que serão ingeridas cruas numa solução de água com hipoclorito de sódio ou preparada com uma colher de água sanitária para cada litro de água;
* Não ingira alimentos em conserva cujas embalagens estejam estufadas ou amassadas.
Dr. Drauzio Varella