sexta-feira, 18 de julho de 2014

Alimentação x Crohn

A nutrição para os portadores de DII é de extrema importância, um divisor de águas entre um longo período remissivo e um gatilho para uma possível crise.
Sou nutricionista e portadora, assim consigo avaliar quais as recomendações nutricionais estabelecidas em resposta ao meu organismo, realmente me ajudam.

Vários minerais e vitaminas, como outros compostos nutricionais podem estar em carência devido ao uso de medicamentos, bem como problemas na absorção a longo prazo.

No meu organismo, consigo perceber que alimentos com lactose e glúten, tem um papel fundamental para o desconforto abdominal. O leite que utilizo é a bebida derivada de soja ou o leite lactosense; evito os derivados, como queijos e iogurtes. Mas eu fui diagnosticada com intolerância a lactose. Em relação ao glúten, não tenho intolerância diagnosticada, porém tenho um mal estar ao consumir pães, bolos, biscoitos massas de forma geral. Produtos que contém traços de glúten não costumam me fazer mal, pois não tenho intolerância orgânica.

Em relação a frutas, dou preferência a ingerir as menos fibrosas. Também evito o abacate, pois apesar de contar muitos benefícios a saúde e óleos muito benéficos, me causa má digestão e excesso de gases, como a melancia e o melão. Quando possível, retiro as cascas, se a diarreia estiver frequente. Mas consumo bastante fruta.

Quanto aos legumes, faço bastante uso deles cozidos. As hortaliças costumo consumir refogadas, não utilizo cruas. Costumo refogar até o alface, pois o mesmo cru, costuma aumentar o trânsito intestinal.

Evito alimentos muito doces, frituras, alimentos gordurosos, molhos prontos e extrato de tomate. Alimentos muito ácidos e com muitos conservantes e compostos químicos.

Procuro fazer uma alimentação simples e mais natural. Com temperos naturais, cozimento sem óleo ou o minimo possível. Consumo muitas frutas, como banana, pera, maçã, ameixa vermelha, goiaba, uva, morango...todos sem casca. Verduras consumo todas e todo dia. Arroz, eu faço uso do integral 2 vezes por semana. Grãos integrais eu consumo se estiver sem diarreia.


Que fique bem claro que esse é um compartilhamento da minha realidade e NÃO significa nenhuma recomendação ou orientação nutricional que siga de exemplo.

PROCUREM UM PROFISSIONAL NUTRICIONISTA, PARA IDENTIFICAR AS POSSÍVEIS CARÊNCIAS NUTRICIONAIS E DETERMINAR UM PLANO DE REEDUCAÇÃO ALIMENTAR.

O PROFISSIONAL NUTRICIONISTA É APTO A AUXILIÁ-LO EM SUA ALIMENTAÇÃO E CONSEQUENTEMENTE, MELHORAR SUA QUALIDADE DE VIDA.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Ilusão de estar tudo bem - Período Remissivo

Algumas vezes, temos a sensação de que estamos bem e com o passar dos dias, isso nos transmite uma segurança tão maravilhosa e uma ilusão de que podemos enfim fazer o que mais sentimos falta: comer o que se quer sem passar mal!
Sentir dor é um lembrete de que devemos nos cuidar, mas quando no período remissivo, não temos esse sinal de "alerta" e enfim, comemos aquela pizza, ou aquele chocolate, ou aquele biscoito, ou o sorvete...enfim, logo aquele período tranquilo se transforma em maus momentos.

A dor! Ela volta com tudo! Cólicas, enjoos, mal-estar, diarreia, distensão abdominal, gases...ufa!

Muito importante é sempre manter o tratamento e a dieta! Mesmo e principalmente nos períodos remissivos para que eles se prolonguem e nossa vida mais harmoniosa também!

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Ai que Calor!


1 - Conjuntivite
As conjuntivites aumentam no verão pelas típicas oscilação do tempo e pela maior proliferação de bactérias no ar. Há duas formas de conjuntivite: bacteriana e viral. Em todas, o sinal mais visível é o mesmo: olhos vermelhos. Mas os tratamentos são diferentes. Na viral, é indicado o uso de colírio antiinflamatório e compressas geladas durante uma semana. A bacteriana apresenta secreção amarelada e é tratada com colírio antibiótico. O uso prolongado de colírio antiinflamatório é perigoso porque geralmente contém corticóide que aumenta o risco de surgir catarata e glaucoma. 

2 - Alergia ocular
Além das conjuntivites, o contato dos olhos com excesso ou falta de cloro nas piscinas e com água contaminada do mar costuma causar esse tipo de alergia nas crianças. O contato de filtro solar com os olhos por meio da transpiração também pode acarretar uma alergia. O Estudo Multicêntrico Internacional de Asma e Alergias na Infância demonstra que 20% da população brasileira têm alergias e seis em cada dez alérgicos manifestam o problema nos olhos. Ocorre uma alteração da conjuntiva tarsal (membrana que reveste a pálpebra internamente, que fica em contato com o globo ocular) onde encontraremos papilas (saliências), sinais de reação alérgica. A alergia ocular é tratada com colírio anti-histamínico e, quando mal cuidadas, podem progredir para uma ceratite e até mesmo para um ceratocone (deformação da córnea que fica na forma de um cone com grande risco de cegueira e é a maior causa de transplante de córnea). 

3 - Ceratite
O uso de lentes de contato por muito tempo e a exposição excessiva ao ar-condicionado, que retira a umidade do ar, podem fazer com que a oxigenação da córnea seja insuficiente, causando uma inflamação. A recomendação médica é dar as pausas necessárias no uso das lentes de contato, evitar o abuso de ar-condicionado e proteger os olhos com lágrima artificial sem conservantes. Nas viagens aéreas por mais de três horas, as lentes de contato devem ser retiradas antes do embarque porque nos aviões o ar é mais rarefeito. 

4 - Olho seco
É a baixa qualidade ou quantidade de lágrima que tem a função de proteger os olhos (que obtêm o oxigênio da lágrima, não do ar como ocorre com a maioria dos órgãos). O olho seco pode ser causado no verão pelo uso abusivo do ar-condicionado, que diminui a quantidade de lágrima. Em estágio avançado, pode até causar úlcera na córnea. O olho seco também pode ser causado por mudanças metabólicas, como é o caso da redução da produção de lágrima em mulheres na pós-menopausa, ou em pessoas que usam medicamentos para hipertensão, por exemplo. Para garantir a produção de lágrima, o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier e diretor médico do Banco de Olhos de Campinas, aconselha uma dieta rica em vitaminas A e E e ômega 3, presente nas sementes de linhaça, nozes e algumas verduras. Carboidratos, gorduras e carne bovina devem ser evitados. 

5 - Queimaduras solares
Além de arder, atrapalhar o sono e prejudicar o visual, as queimaduras podem evoluir para um câncer de pele. Os protetores solares devem ser passados de 20 a 30 minutos antes da exposição ao sol e reaplicados a cada duas horas --chapéus e sombra também são bem-vindos. Existe ainda o fator "eu sei o que vocês fizeram no verão passado": o efeito do raio ultravioleta é cumulativo. Eles penetram no núcleo da célula e causam uma mutação que fica registrada no DNA. No futuro, o acúmulo de mutações pode gerar uma célula cancerígena. Ou seja: ter uma queimadura forte, com bolha ou vermelhidão, durante a infância ou até os 20 anos é o suficiente para entrar no grupo de risco. 

6 - Câncer de pele
É o câncer mais freqüente na população e, felizmente, o mais fácil de tratar, principalmente se há diagnóstico precoce. No verão, aumenta a incidência dos raios ultravioleta A e B. O raio ultravioleta A (mais responsável pelo envelhecimento da pele) fica na mesma concentração durante todo o dia, o raio ultravioleta B aumenta no período das 10h até as 15h --o pico é às 12h. São esses os maiores responsáveis pelas queimaduras solares e, por conseqüência, pelo câncer de pele. Pessoas com pele, olhos e cabelos claros, com muitas pintas ou com antecedentes na família têm mais chances de desenvolver esse câncer. Os cânceres mais comuns são o carcinoma basocelular (CBC) --é o "mais bonzinho"-- e o carcinoma espinocelular (CEC), que têm índice de cura maior e dificilmente enviam metástase. O melanoma cutâneo é o mais raro e grave, pois tem chance de metástase maior. É preciso estar atento a feridas que não cicatrizam, lesões com aumento rápido e pintas que mudam de cor ou que passam a ter bordas irregulares. 

7 - Cabelo oleoso
O calor excita a secreção de glândulas sudoríparas e sebáceas. Por conseqüência, o cabelo geralmente fica mais oleoso e úmido, tornando-se um local ideal para a proliferação de fungos e, principalmente, de bactérias --ambos se alimentam dessas secreções. Para prevenir infecções, são recomendados xampus à base de cetoconazol, que são anti-sépticos, antiseborreicos e antifúngicos. Esses produtos, no entanto, só devem ser usados sob receita médica. 

8 - Cabelo ressecado
Por outro lado, a exposição ao sol, ao sal do mar e ao cloro da piscina também pode levar a uma desidratação do cabelo. Quem tem o cabelo seco sofre mais ainda. Máscaras capilares reidratantes podem ser eficientes. A dica é lavar o cabelo com menos quantidade de xampú, assim como deixá-lo menos tempo na cabeça. 

9 - Crescimento do cabelo
Como o metabolismo é mais acelerado no calor, o cabelo cresce um pouco mais rápido nesta época do ano, deixando as pontas indesejáveis. Mas a idéia de que cortar a ponta dos cabelos favorece o crescimento é mito. 

10 - Impinge
Crianças têm maior suscetibilidade às infecções fúngicas. A mais comum é a chamada popularmente de impinge ou "tinha do couro cabeludo". Causada pelo fungo Tinea capitis, é bastante contagiosa. A infestação pode causar pequenas falhas e produzir coceira intensa. Deve-se evitar o contato do paciente com outras crianças, pois a impinge é extremamente contagiosa. O tratamento é feito com antifúngico tópico e sistêmico com receita médica. 

11 - Foliculite
Normalmente, adultos têm mais vulnerabilidade às infecções bacterianas, tanto na pele como no cabelo. As chamadas foliculite são pequenas espinhas que não saram que ficam na emergência do pêlo. Para curar são usados xampús anti-sépticos, anti-seborreicos e antibióticos locais e sitêmicos, receitados pelo médico. 

12 - Pano branco
São lesões claras do tamanho de lentilhas que aparecem geralmente nas costas, no pescoço e nos braços. Também conhecido como "micose de praia", esse mal é causado pelo um fungo que costuma fazer seu "quartel general" no couro cabeludo, mas envia seus esporos para outras partes do corpo. É tratado com xampú com antifúngico e antifúngicos locais e sistêmicos. 

13 - Brotoeja
É uma disfunção muito comum em crianças, pois as glândulas que produzem o suor ainda são muito estreitas e acabam obstruídas. As brotoejas são comuns em áreas ricas em glândulas sudoríparas, como atrás do joelho, axilas e virilhas. Para evitar, opte por uma roupas leves que não obstruam essas áreas. Cremes antiinflamatórios à base de corticóides ou calamina podem ser receitados pelo médico. 

14 - Micose
Essas infecções são causadas por fungos que, no calor, se proliferam mais facilmente nas dobras do corpo: axila, virilha, entre as nádegas e os dedos (principalmente dos pés). Quando acontece no pé, também é conhecido com frieira ou pé de atleta. Para evitar, a dica é deixar esses locais sempre enxutos, usar roupas de algodão e sabonetes anti-sépticos. Outro conselho é ficar secando o biquíni ou a sunga no corpo. A umidade e o calor são um ótimo meio para a culturas bactérias. 

15 - Efeitos adversos de medicamentos
Alguns remédios, como antiinflamatórios, antibióticos, diuréticos, laxantes e tranqüilizantes podem causar erupção e vermelhidão na pele em decorrência da exposição ao sol. Quem toma essas medicações regularmente deve evitar a exposição ao sol e consultar o médico sobre outros possíveis efeitos indesejáveis relacionados ao calor. 

16 - Pele oleosa
Como o calor aumenta a produção das glândulas sudoríparas e sebáceas, quem tem pele oleosa tem de tomar cuidado com o uso de protetor solar, pois pode acabar todo "pipocado". As melhores opções para esse tipo de pele são os filtros solares em spray ou gel. 

17 - Dificuldade para dormir
Manter a cuca fresca (em todos os sentidos) é fundamental para iniciar uma boa noite de sono. O cérebro precisa de um tipo de temperatura baixa para poder acionar o sono, por isso as pessoas geralmente tem mais facilidade de dormir em dias frios. Manter os pés aquecidos, no entanto, ajuda a fazer o cérebro perder temperatura para o resto corpo. Outro inimigo do sono é o suor provocado pelas noites quentes, que pode fazer a pessoa acordar várias vezes no meio da noite. Ar-condicionado e ventiladores são aliados nessa hora. Além de deixar a temperatura mais agradável, o barulhinho contínuo desses aparelhos também ajuda a embalar o sono (desde que seja barulhinho!). 

18 - Dor de cabeça
A maior parte das dores de cabeça recorrentes é causada pela enxaqueca (doença bioquímica do cérebro, herdada geneticamente, que pode ou não provocar crises de dor de cabeça recorrente). O paciente com enxaqueca tem o cérebro hiperexcitável e reage mal a estímulos como estresse, calor, sol, jejum, privação de sono etc. No verão, a exposição excessiva ao sol, a mudança súbita de temperatura do clima e o trânsito entre ambientes refrigerados e quentes podem deflagrar crises. Tomar líquidos muito gelados estando com muito calor ou muito suado também não é bom para quem tem enxaqueca. Outra coisa que pode causar crises é exercitar-se sob o sol. 

19 - Cefaléia do sorvete
É real e comum. A ingestão de qualquer líquido muito gelado pode trazer uma dor súbita, muito intensa, no meio da cabeça e com duração de poucos segundos. Quando a substância gelada toca o céu da boca (o palato) e supostamente gera uma vasoconstrição intracerebral que é seguida por uma vasodilatação e dor intensa. Deve-se diminuir a quantidade e a velocidade da ingestão daquilo que provoca a dor. Isso ocorre em algumas pessoas e em caráter eventual. 

20 - Aumento da libido
O calor não têm nenhuma relação direta com a libido, mais o uso de pouca roupa deixa o desejo no ar. A exposição do corpo é maior, e o desejo está intimamente relacionado com a visão, principalmente o dos homens. "A mulher se sente mais sensual, com as roupas usadas no verão", afirma a sexóloga Jaqueline Brendler. Outro fator é a convivência, as pessoas se expõem mais, ficam mais tempo com os amigos, o círculo social se intensifica. 

21 - Candidíase
O entra e sai da piscina ou do mar pode favorecer a reprodução do fungo Candida albicans, responsável pela candidíase --um tipo de micose que causa coceira e ardência vaginal intensas e um corrimento esbranquiçado. É recomendado evitar sentar na areia e em borda de piscinas e tomar sol com o biquíni molhado. "Em noites muito quentes, o ideal é dormir sem calcinha. A vagina precisa de ventilação. A mulher foi feita para usar saia", afirma a ginecologista Jaqueline Brendler. Roupas íntimas de algodão e sabonete neutro também são indicados para a prevenção. 

22 - Bicho geográfico
muito freqüente em praias brasileiras, essa afecção é causada por larvas ou vermes que fazem verdadeiros túneis na pele, deixando para trás a marca do seu trajeto sinuoso e muita coceira. Praias com cachorros podem ter a areia infectada --os animais são os principais hospedeiros dessas larvas. Se for contaminado, procure um médico. Não fure as lesões com auxílio de agulhas ou alfinetes e nem abra a pele com lâminas --o risco de infecção é grande. 

23 - Cloasma
São manchas escuras que aparecem no rosto e atingem principalmente mulheres que tomam pílula anticoncepcional e as grávidas, mas que podem ser provocadas pela exposição solar. Usar protetor solar 50 a 60. Existem remédios despigmentantes à base de hidroquinona, receitado por médico. 

24 - Melhora do humor
Não é à toa que um tempo ensolarado é geralmente associado com um bom estado de espírito: a exposição à luz solar estimula a produção de serotonina (neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar). Há também um tipo de depressão sazonal que só se manifesta no frio em países que têm invernos rigorosos. 

25 - Hipotensão
Cardiopatas que tomam medicamentos para hipertensão muitas vezes têm de passar por uma reavaliação médica para alterar a dosagem dos remédios. Como a tendência natural do corpo é de baixar a pressão, o uso de remédios vasodilatadores podem acentuar ainda mais a queda, causando uma hipotensão. 

26 - Diarréia
As infecções intestinais são mais comuns nesta época do ano. Uma explicação para isso é o aumento da ingestão de alimentos contaminados ou mal conservados, por conta do calor. É época do ano em que as pessoas costuma comer em lugares de higiene questionável, como barraquinhas em praias, e beber água de origem duvidosa. Muitas vezes o gelo servido em bebidas é feito com água contaminada. Em caso de diarréia, o soro caseiro pode ser uma solução. Mas, se for persistente, um médico deve ser consultado. 

27 - Desidratação
Para fazer a regulação térmica do corpo, o organismo perde mais água no suor e, com ela, magnésio, sódio, potássio e outros sais minerais. Além do aumento da transpiração, vômitos e diarréias causados por infecções intestinais --mais freqüentes no verão-- contribuem para o aumento da desidratação. A pessoa desidratada apresenta sede, fica muito tempo sem urinar, com a boca e mucosas secas, olhos ressecados e fundos. Em casos extremos, pode causar convulsões, coma e até mesmo a morte. 

28 - Falta de apetite
Como o organismo precisa baixar a temperatura do corpo, é natural uma diminuição do apetite. O próprio corpo tem mais necessidade de líquidos do que de comida. Alimentos menos calóricos e mais leves dão menos trabalho na hora da digestão. O consumo predominante de frutas, legumes e verduras são recomendados. 

29 - Resfriados
O organismo precisa de um tempo para se adaptar às mudanças de temperatura comuns nesta época do ano. As alterações bruscas de clima alteram o equilíbrio do organismo podendo causar resfriados e crises asmática, assim como desencadear uma rinite alérgica. 

30 - Insolação
Conseqüência da exposição extrema ao sol (direta ou indiretamente), pode provocar intensa falta de ar, dor de cabeça, náuseas e tontura. A temperatura do corpo fica elevada, a pele fica quente, avermelhada e seca. Pode deixar as extremidades do corpo arroxeadas e levar a um estado de inconsciência. 

31 - Dificuldade de respirar
No verão, existe uma maior concentração de ozônio no ar. Esse tipo de poluente levar o organismo a fechar as vias aéreas e limitar a amplitude da respiração como forma de defesa. O ozônio é o resultado da ação do calor e do sol sobre outros poluentes que saem das chaminés das fábricas de dos automóveis, por isso é chamado de poluente secundário. Por isso os maiores níveis de ozônio não são encontrados necessariamente onde há fumaça, muitas vezes ficam a centenas que quilômetros dos poluentes primários. Na cidade de São Paulo, os maiores níveis de concentração ficam nos parques, como o Ibirapuera e o pico do Jaraguá. Esses lugares devem ser evitados nas horas do dia de maior insolação. Criança expostas muito tempo ao ozônio têm menor capacidade de desenvolvimento pulmonar. 

32 - Doenças respiratórias
Elas não são exclusividade do inverno. O alto nível de ozônio no ar característico do verão também está relacionado com o agravamento de asma e as infecções de nariz e seios da face, como sinusites e rinites. O poluente também inibe o batimento dos cílios das vias respiratórias, que ajudam a remover as impurezas do que é inalado. Dessa forma, as bactérias ficam mais tempo em contato com a mucosa dos órgãos respiratórios. 

33 - Transpiração
Os homens são homotérmicos, ou seja, mantém a temperatura interna do corpo em 36° C independente da temperatura do ambiente. Mas isso custa modificações internas. No calor os vasos do corpo ficam mais dilatados, por isso ficamos mais vermelhos. Como o sangue passa mais sangue perto da pele, fica mais fácil a troca eliminar o calor do corpo equilíbrio. Transpirar é o principal mecanismo para o organismo perder calor, mas o suor excessivo pode levar a desidratação e ser sintoma de infecções. 

34 - Pressão baixa
A pressão pode baixar no calor, como conseqüência da vasodilatação. Embora seja uma tendência natural, nem todas as pessoas ficam com a pressão baixa. Quem já tem tendência à pressão baixa deve se hidratar ainda mais. 

35 - Desmaio
Algumas pessoas expostas muito tempo ao sol podem sofrer desmaio, que também está relacionado com a pressão baixa e a desidratação. 

36 - Fraqueza
Aquela vontade de não fazer nada típica do calor também pode ser efeito da pressão baixa e da desidratação. 

37 - Menor resistência em exercícios físicos
Esportistas devem ter cuidado redobrado ao se exercitar quando o tempo estiver muito quente. Como a atividade aumenta o calor do corpo, existe o risco de ocorrer uma hipertermia (superaquecimento do corpo). O ritmo e a intensidade devem ser menores que o habitual e não é recomendado se exercitar sob sol forte. Atletas devem aumentar o consumo de bebidas isotônicas e consumir mais frutas e legumes. Uma boa dica é o consumo de água de coco: a fruta é rica em sais minerais e vitaminas A, B1, B2, B5 e C. 

38 - Dengue
É claramente uma doença que acompanha o verão. A combinação de chuva e clima quente aumenta as chances do mosquito Aedes aegypti --responsável pela transmissão do vírus-- se proliferar. De acordo com o médico infectologista Luiz Jacinto da Silva, professor titular da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) os casos de dengue estão aumentando "no país inteiro e em toda a América Latina". "Só possível controlar a doença por meio de um esforço comunitário", afirma. "Se a pessoa vive em uma região de surto, existem poucas medida eficazes de proteção individual. Se sua casa estiver em ordem e a do vizinho não, não adianta nada." Há dois tipos de dengue: a clássica e a hemorrágica. Geralmente, quando contaminada pela primeira vez, a pessoa contrai a dengue clássica. Em uma segunda contaminação, existe um risco muito maior de se contrair a dengue hemorrágica, que é muito mais grave e pode levar à morte. 

39 - Leptospirose
A doença também aumenta consideravelmente no verão, por conta das fortes chuvas. A bactéria Leptospira interrogans é normalmente transmitida pela água de enchentes contaminada com urina de ratos de esgoto --o principal responsável pela infecção humana. A leptospirose é uma doença infecciosa febril, aguda, potencialmente grave. 

40 - Hepatite A
Sabe aquele sorvete feito com sabe-se lá que água? Esqueça. De acordo com o Sociedade Brasileira de Hepatologia, há evidências de que há um aumento de 20% a 30% na freqüência de casos de hepatite A durante o verão --embora não existam dados oficiais do Ministério da Saúde. Esse aumento é atribuído à aglomeração em praias e locais de férias, onde, muitas vezes, são consumidos alimentos de má qualidade ou mal preparados e água de origem duvidosa. Causada pelo vírus A, a doença é na maior parte das vezes benigna, assintomática e autolimitada pela resposta imunológica do paciente. Suas formas mais graves são raras e podem atingir crianças --a chamada hepatite fulminante, que ocorre em menos de meio por cento dos casos-- ou adultos acima de 40 anos. Quando os sintomas aprecem são olhos e peles amarelos, urina escura, febre de curta duração, prostração, enjôos e, às vezes, vômitos no início da doença. Dura em média de 15 a 40 dias. Existe vacina para prevenção da doença e testes que apontam se você já teve a doença (e está protegido) ou se tem a doença na sua forma aguda. Para evitá-la, use água mineral de origem confiável e não abuse de comida de barraquinhas ou de ambulantes.

Contribuíram os especialistas: Jaime Filho, dermatologista e coordenador do Departamento de Cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Gisele Rezze, dermatologista e oncologista do Hospital do Câncer, Juliana Ramalho, geógrafa especializada em climatologia da saúde da UnB (Universidade de Brasília), Leôncio Queiroz Neto, oftalmologista do Instituto Penido Burnier e diretor médico do Banco de Olhos de Campinas, Abouch Krymchantowski, neurologista e membro da Sociedade Internacional de Cefaléia, Luiz Jacinto da Silva, infectologista da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Jaqueline Brendler, ginecologista e terapeuta sexual, presidente da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana, Paulo Hilário Saldiva, patologista e coordenador do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da Faculdade de Medicina da USP, e Renato Delascio Lopes, clínico-geral da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).


Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u4083.shtml

Site da Folha de São Paulo

domingo, 19 de janeiro de 2014

Infecção Intestinal x Intoxicação Alimentar

Sintomas de infecção intestinal

Os sintomas de uma infecção intestinal podem ir aparecendo aos poucos ou surgir de forma repentina. Uma infecção intestinal gera sintomas como:
  • Dor na região abdominal;
  • Diarreia;
  • Dor de cabeça;
  • Mal estar;
  • Desidratação;
  • Febre (pode não estar sempre presente).
A infecção intestinal é uma situação comum e, geralmente, não representa nenhum risco para a saúde. No entanto, ela pode ser mais perigosa nas grávidas, nos bebês e nos idosos, porque nessas fases da vida o risco de desidratação é maior.
Para evitar que o indivíduo com infecção intestinal fique desidratado é recomendada o uso de soluções de reidratação oral, que se compram na farmácia, ou de soro caseiro, que é muito simples de fazer.

Como fazer o soro caseiro

Para preparar o soro caseiro basta juntar:
  • 1 colher de sopa de açúcar;
  • 1 colher de café de sal;
  •  1 litro de água filtrada ou fervida.
Deixe em uma garrafa separada e mantenha na geladeira se estiver muito calor. O indivíduo deverá beber vários goles deste soro por dia, enquanto persistirem os sintomas.
É importante que ele beba a quantidade de soro equivalente à quantidade de água que se perde na diarreia.

O que comer na infecção intestinal

Durante o tratamento da infecção intestinal é importante que o paciente tenha uma alimentação rica em legumes cozidos, carnes grelhadas, verduras, frutas e beba bastante água.
Não é aconselhado comer alimentos que prendem o intestino, como banana, bolacha Maria ou mingau de farinha láctea, por exemplo.
Em caso de diarreias agudas é indispensável uma consulta com o médico, para que seja feito o acompanhamento e tratamentos ideais, evitando complicações.

O que tomar na infecção intestinal

Durante uma infecção intestinal, o melhor para se tomar é a água potável ou o soro caseiro, em caso de diarreias frequentes. Mas, tomar o suco de laranja natural é uma ótima opção para ajudar a fortalecer as defesas do organismo e evitar a desidratação, sendo este um excelente remédio caseiro.
Caso a infecção intestinal seja muito forte ou não se cure espontaneamente em 2 dias, recomenda-se uma consulta médica, pois pode ser necessário o uso de antibióticos.

Causas da infecção intestinal

A principal causa de infecção intestinal é o consumo de alimentos estragados ou contaminados com a Salmonella ou E. Coli.
Lavar as mãos, antes e depois de ir ao banheiro, e só beber água mineral, filtrada ou fervida devem ser seguidos por todos a fim de evitar a doença.
 (Nutricionista)


INTOXICAÇÃO ALIMENTAR

Intoxicação alimentar, ou gastrintestinal (gastroenterocolite aguda), é um problema de saúde causado pela ingestão de água ou alimentos contaminados por bactérias (Salmonella, Shigella, E.coli, Staphilococus, Clostridium), vírus (Rotavírus), ou por suas respectivas toxinas, ou ainda por fungos ou por componentes tóxicos encontrados em certos vegetais (comigo-ninguém-pode, mandioca brava) e produtos químicos. A contaminação pode ocorrer durante a manipulação, preparo, conservação e/ou armazenamento dos alimentos.
Nas crianças e idosos, a intoxicação alimentar pode ser uma doença grave.
Causas
Na maioria dos casos, a infecção bacteriana é a principal causa de intoxicação alimentar. Os diferentes tipos de Salmonella e oStaphilococus aureus são os mais frequentes agentes da infecção, uma vez que são capazes de viver e multiplicar-se no interior dos intestinos.
A Salmonella é transmitida pela ingestão de alimentos, especialmente carne, ovos e leite, que foram contaminados ao entrar em contato com as fezes de animais infectados. No caso dos Staphilococus aureus, comumente encontrado na pele das pessoas sem causar danos, a intoxicação é provocada por uma toxina que a bactéria produz e contamina os alimentos no momento de seu preparo ou manuseio.
Outra causa possível, embora menos comum, de intoxicação alimentar é a infecção por um dos tipos da bactéria Clostridiumque, em vez do intestino, ataca o sistema nervoso.
Sintomas
Independentemente do microrganismo determinante, os efeitos da intoxicação alimentar aguda são todos  parecidos: náuseas, vômitos, diarreia, febre, dor abdominal, cólicas, mal-estar. Nos quadros mais graves, podem ocorrer desidratação, perda de peso e queda da pressão arterial.
Nos casos específicos de alimentos contaminados pelo Clostridium, quando a intoxicação é causada por uma das variedades da bactéria responsável pela doença chamada botulismo, além dos distúrbios gastrintestinais que nem sempre aparecem, os sintomas podem ser indicativos de alterações neurológicas, como visão dupla e dificuldade para focalizar objetos, falar e engolir.
Diagnóstico
Normalmente, o diagnóstico é clínico e leva em conta os sintomas da doença. É sempre importante verificar a existência de pessoas próximas com os mesmos sinais da infecção e identificar o tipo de micro-organismo presente no alimento suspeito de contaminação. Exames de laboratório de fezes ajudam a reconhecer o parasita que causou a infecção, um recurso importante para orientar o tratamento medicamentoso.
Prevenção
A prevenção das intoxicações alimentares está diretamente associada ao saneamento básico, aos cuidados no preparo dos alimentos e a medidas básicas de higiene, como lavar as mãos antes das refeições e depois de usar o banheiro.
A grande dificuldade da prevenção é o fato de os alimentos contaminados não apresentarem sinais da presença do micro-organismo. Ao contrário, em geral, sua aparência, gosto e cheiro costumam ser absolutamente normais.
Tratamento
Paciente com intoxicação alimentar deve fazer repouso e ingerir muito líquido. Nos casos de perda maior de líquidos e risco de desidratação, devem ser indicados medicamentos para controlar as náuseas e os vômitos, assim como ministrar a reposição de líquidos e sais por via endovenosa.
O tratamento das infecções alimentares bacterianas inclui o uso de antibióticos específicos.
Recomendações
* Como os alimentos contaminados por certos parasitas são os grandes responsáveis das intoxicações alimentares, é indispensável estar atento na hora da compra, transporte, armazenamento e preparo das refeições. Portanto:
* Lave bem as mãos antes das refeições ou de lidar com alimentos;
* Embale adequadamente os alimentos antes de colocá-los na geladeira ou no freeser;
* Lave os utensílios de cozinha, especialmente depois de ter lidado com alimentos crus;
* Evite comer carne crua e mal passada qualquer que seja sua procedência; especialmente a carne e os miúdos de frango, assim como os ovos devem ser bem cozidos porque são os transmissores mais comuns da bactéria Salmonella;
* Não se esqueça de que ovos crus são ingredientes de pratos como a maionese e certos doces;
* Só tome leite fervido ou pasteurizado;
* Mergulhe verduras e hortaliças que serão ingeridas cruas numa solução de água com hipoclorito de sódio ou preparada com uma colher de água sanitária para cada litro de água;
* Não ingira alimentos em conserva cujas embalagens estejam estufadas ou amassadas.
Dr. Drauzio Varella