quarta-feira, 9 de maio de 2012

Família

A família, nesse momento complicado, é essencial.

Te fornece conforto, força, esperança... enfim, tudo que vem com a dor, torna-se mais suportável.

Minha mãe, me joga para o mundo, retira meus medos e me mostra todos os dias (principalmente nos piores), que não posso me abater e nunca devo sentir pena de mim ou qualquer sentimento de desânimo ou autocomiseração.

Minhas irmãs, me divertem, quando estou triste ou com dores, me fazem rir, espairecer, me socorrem quando preciso, me fazem companhia quando me sinto incompreendida.

Minha sobrinha enche de luz meus dias mais escuros, me faz esquecer das mazelas e me faz sentir viva, muito viva e com energia para brincar com ela.

Meu cunhado, ele ora por mim, ele sempre está pronto a me ajudar, a me dar uma palavra, a me fazer lembrar, mesmo sem precisar falar nada, de quem é o Deus a quem eu sirvo.

Minhas avós, essas são anjos do céu, que egoísticamente, gostaria de tê-las sempre comigo. Minhas avós já fizeram tudo por mim, me levar a médicos em outras cidades, junto a mim ouviram meu diagnóstico, até compraram medicamentos, em momentos difíceis. Incansáveis em buscar em rádio, televisão, enfim, qualquer informação sobre minha doença, tratamentos... elas nunca desistiram de me ver completamente bem.

Meus avôs... que se foram, quase juntos... esses ... eu nem tenho muitas palavras... Meu avô materno tinha diverticulite e foi o primeiro a me ensinar como conviver com os males dessa doença... foi o primeiro a me apresentar o Imosec...rsrsrs (para quem conhece, sabe que é medicamento de carteira). Falava para não desanimar, ia nas farmácias comprar remédios para mim, quando eu não conseguia sair de casa... Meu avô paterno, sempre com uma palavra de carinho, um conselho sábio, uma oração, um versículo para meditação... um carinho infinito no olhar que jamais esquecerei...

Minha família é tudo para mim. É o que eu preciso quando procuro luz no escuro. É minha roda interna, que me faz girar, mover e nunca desistir.

Minha família é tudo para mim.

2 comentários:

  1. Oi, Érica! Que belo texto, parabéns!
    Bom... No meu caso, não sou eu quem tenho a doença... É meu namorado. No último ano eu tenho tentado me inteirar sobre tudo o que for possível para fazê-lo sentir-se melhor. Sei que dentro da casa dele ele tem um apoio enorme de todos os que o amam e isso é fundamental... Mas quero ser parte disso desde sempre também e procuro SEMPRE apoiá-lo em todos os momentos, por entender o quão difícil isso deve ser.
    Gostei muito do seu blog e irei acompanhar com afinco seus escritos, torcendo por você e para que todos os que sofrem com alguma DII alcancem luz e muita saúde!
    Bjs!

    ResponderExcluir
  2. Obrigada Rita, que amor bonito! Sei que para estar ao lado de alguém com DII, precisa ter muita compreensão... pois é uma doença que traz reações individuais e que varia de intensidade de pessoa a pessoa. Vocês vão conseguir estar juntos e bem, porque se apoiam e isso é fundamental! Parabéns pela sua atitude.

    ResponderExcluir