sexta-feira, 18 de maio de 2012

Quando tudo pede um pouco mais de calma...

Portadores de DII geralmente são pessoas mais intensas nas emoções, pensam muito em relação à vida, são ansiosos e preocupados com as obrigações, são pessoas densas e tensas, claro, não são todos.

Isso ouvi de uma psicóloga e percebi que tinha razão. Conhecendo outras pessoas portadoras de DII, observei que a maioria utilizava algum ou alguns ansiolíticos. Se questões psicológicas, como a ansiedade, não existiam antes, em algumas pessoas, passaram a existir. Talvez devido aos transtornos causados pela doença e os medos que eles trazem, talvez devido alterações hormonais por uso de alguns medicamentos ou por próprio dano em órgãos que também estão envolvidos na síntese ou absorção hormonal.

Se assopro a boquilha de um saxofone, o ar vai passar por todo tubo (corpo) e sai pela campânula (boca) do instrumento. Para muitos portadores, o sistema digestório é a campânula (boca) do corpo, da mente, das emoções onde pode servir como válvula de escape e alívio psicológico e é por este tubo que tocamos as notas mais sofridas.

O ritmo de vida, de decisões, de projetos, pode ou não ser afetado pela doença, de acordo com sua intensidade física e seus respingos ou grandes gotas psiclógicas.

Quando conviver com portadores de DII, evite pressões exagerbadas, situações que possam provocar algo grau de estresse e certos comentários desanimadores e desencorajadores.

Acredite sempre e contribua para que os períodos de remissão sejam extensos. Demonstre compreensão e interesse, é bom sentir-se compreendido, e esta regra é comum a todos. Engula as pressões, nós já temos muitas internas.

Nós, por muitas vezes, temos um próprio ritmo, que individualmente aprendemos a desenvolver através do auto-conhecimento, sabemos quando estamos bem e o contrário. Sabemos onde podemos pisar e onde é melhor desviar. Respeite isso. É individual, não tente forçar a barra e quem não tem o problema não entende completamente. Se você sabe que naquela rua exite um buraco na pista, quando passar por ela, vai desviar... creio que seja assim o que fazemos, através de experiências e auto-conhecimento.

Gosto muito desta música também... aliás, música é um bálsamo para alma.

Para vocês!

Paciência

Lenine

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não para...

 

Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...

 

Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...

 

O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...

 

Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...

 

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
A vida não para...

A vida não para...

 

3 comentários:

  1. Oi querida, achei teu blog. Fui diagnosticada com Crohn a uma semana e estou atrás de informações. Vou te seguir. Beijos

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  2. Bjs e Boa sorte! Cada dia uma descoberta e seu organismo vai te sinalizar os dias bons e maus! Mas, desanimar nunca!

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  3. Érika, muita coisa em seu blog bate comigo, tenho retocolite há 20 anos, conviver com ela é fácil, difícil é conviver com quem não tem conhecimento nenhum e nenhuma paciência conosco, pessoas tão intensas e tão espciais como nós....abraços

    Márcia Perri

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